quinta-feira, 28 de março de 2013

Video de tragédia no Porto de Santana - AP

Fonte de vídeo: Canal TV Cidadão

Seis pessoas desapareceram na madrugada desta quinta-feira em um acidente no píer flutuante do Porto de Santana, no Rio Amazonas, a 20 quilômetros de Macapá.

As buscas estão sendo feitas por soldados do Corpo de Bombeiros do Amapá, informou a empresa Anglo American, operadora do porto. Três dos desaparecidos são funcionários da Anglo American e outros três, contratados pela empresa.

O píer é usado para o atracamento de navios que embarcam minério de ferro. Segundo a Anglo American, as informações iniciais apontam como causa do desmoronamento do píer um volume anormal de água no braço de rio onde está situado o porto. Em nota, a empresa informou que outros portos na região foram afetados.

De acordo com a empresa, o acidente causou a perda de equipamentos, como caminhões e guindastes, que foram "tragados pelo rio".

A Anglo American informou que as autoridades responsáveis foram acionadas de imediato, assim como as equipes de busca das pessoas desaparecidas.

"A empresa está tomando as providências necessárias para atendimento e apoio às famílias dos desaparecidos", diz a nota da empresa.
Fonte: AGÊNCIA BRASIL

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013


A arqueóloga e antropóloga britânica Mary Leakey é a responsável pela descoberta do primeiro esqueleto de Proconsul, gênero de primatas que viveu há aproximadamente 22 milhões de anos. Hoje extintos, acredita-se que esses hominoides são ancestrais dos humanos. Ela dedicou grande parte de suas carreira a descobrir as ferramentas e fósseis de homínideos. Trabalhando na África durante muitos anos, desenvolveu um sistema de classificação de utensílios de pedra e, além de seu trabalho para revelar mais sobre a história dos humanos, também encontrou 15 novas espécies animais e um gênero até então desconhecido.
Filha de um pintor que viajava o mundo retratando paisagens, Mary Leakey desenvolveu gosto pela aventura logo cedo. Em 1925, aos 12 anos, começou a escavar uma caverna na França, onde sua família estava morando. Seu interesse pela pré-história foi desperto, e ela passou a colecionar as ferramentas que encontrava, criando seu primeiro sistema de classificação. Por parte de mãe, Leakey era prima de um arqueólogo.
Mary Leakey também fazia ilustrações dos objetos que encontrava. Em 1932, seu trabalho chamou a atenção da famosa arqueóloga Gertrude Caton–Thompson, que a convidou para acompanhá-la em suas jornadas. Como artista e arqueóloga amadora, a britânica participou de expedições; em uma delas, conheceu Louis Leakey, naturalista que precisava de uma ilustradora. Enquanto trabalhavam juntos, eles se apaixonaram e mantiveram um romance, apesar de Louis estar casado à época.
Louis e Mary Leakey tiveram três filhos ao longo da década de 1940. Os garotos passaram a maior parte da infância em sítios arqueológicos. Os Leakeys faziam escavações e explorações como uma família. Em 1960, ela se tornou diretora de escavações na garganta de Olduvai, na África. Com a morte do marido, em 1972, Mary e os três filhos mantiveram vivo o interesse pela arqueologia, criando uma tradição na área como a família Leakey.
 Fonte: Google

Fortaleza de São José


A construção da Fortaleza de São José de Macapá foi autorizada no reinado de D. José I (Julho/1750 - Fevereiro/1777), que teve como primeiro ministro, o Marquês de Pombal, um representante do despotismo esclarecido.
Pela sua grandiosidade esta Fortaleza, configura o particular interesse geopolítico lusitano em garantir o domínio sobre as terras conquistadas com base no Tratado de Madri - Janeiro 1750, entre Portugal e Espanha, por onde se definiu os limites fronteiriço ao norte da colônia brasileira.
Administrada diretamente pela Capitania do Grão-Pará e Maranho, a obra foi iniciada em 29 de junho de 1764. No mesmo ponto em que anteriormente se construíram os redutos de 1738 e 1761, veio a Fortaleza ser erguida estrategicamente na foz, pela margem esquerda do rio Amazonas, onde exerceria as funções de: impedir por esta via, a entrada de navios invasores; defender, abrigando no seu interior, os moradores da vila de São José de Macapá, caso sofressem ameaça de assédio; servir como base para o reabastecimento de um exército aliado; refugiá-lo na situação deste bater em retirada; servir como ponte de contra-ataque do inimigo; elo de comunicação e vigilância entre as demais fortificações espalhadas pelo interior e fronteiras; assegurar a exploração dos produtos regionais (droga do sertão), e seu exclusivo comércio com a metrópole; manutenção da ordem soberana de Portugal na região. E comporia também uma cadeia de fortificações distribuídas ao longo do rio Amazonas e afluente visando proteção das incursões que estabeleciam comércio do escravo africano com o ouro do Peru. Contudo a Fortaleza de São José de Macapá nunca entrou em combate, realizando parte de suas funções estratégicas. Foi a Segunda comisso demarcadora de limites da Amazônia, ocupada com o levantamento das potencialidades econômicas regionais, quem recebeu através do governador da Capitania do Grão-Pará, a ordem imperial do planejamento de fortificação para Macapá.
Em seguida, a comisso composta de homens ilustres como: Joo Geraldo Gronfelds, Henrique Joo Wilkens, Domingos Sambucetti, Antônio José Landi, e dos astrônomos, Joo Brunelli e Miguel Antônio Clero, coordenados por Henrique Antônio Galúcio, estudaram os Tratados sobre Fortificações, de Manuel Azevedo Fortes. E com adaptações à realidade local, materializando arquitetonicamente a Fortaleza de São José de Macapá, como um complexo fortificado composto de núcleo cercado externamente por outros elementos construtivos, de reforço à defesa. Todavia, por falta de recursos, esta majestosa obra no chegou a ser completamente acabada, e por isso as fases posteriores de abandono levaram ao arruinamento e o consequente desaparecimento de alguns pontos mais vulneráveis.
Internamente, o núcleo (Praça Principal) tem a configuração de um quadrado com quatro baluartes pentagonais nos vértices, o que permitiria o cruzamento de fogo sobre o inimigo, detalhe este marcado pela influência da engenharia francesa do século XVII, com bases defensivas da guerra de posição expressada no 8º modelo do construtor Sebastién de Le Prestes, Marquês de Vauban, exemplo destacado da obra de Manuel Azevedo Fortes. E no interior deste quadrado se encontra uma praça rebaixada com um esgotadouro de águas pluviais no centro, nas laterais, oito prédios destinados ao aquartelamento disposto dois a dois. Limitam esta área rasa, a conformação de terraplenos elevados, que interligam na mesma altura, os baluartes; e sob os terraplenos sul e leste, existem respectivamente, dois conjuntos de casamatas, com doze unidades cada. Externamente, de imediato, temos o fosso seco, que no projeto original contornava toda a Praça Principal, porém, hoje restando apenas na parte Sul e a Oeste. Ao Sul, do fosso seco passar em frente do porto principal, temos o Revelim, também contornado por este fosso. O Revelim ligava-se à Esplanada por passarela de madeira e ao porto principal, através de uma ponte de madeira fixa, com parte dela elevadiça, acessórios estes, desaparecidos. Ao Norte, no projeto original, além do fosso seco, existiria outro Revelim acompanhando na sua frente de um fosso hídrico; elementos que também sofreram desaparecimento. A Leste, além do fosso seco, existiria duas Baterias Baixas que com o tempo também desapareceram da leitura aparente.
Com a morte de D. José I, assumiu o trono sua filha D. Maria I que por questões políticas, exonera e persegue Marquês de Pombal. Imediatamente, deixa de investir na construção da Fortaleza de São José de Macapá, sob alegação de ser onerosa para a Coroa, o que a paralisa, e a cinco anos depois, mesmo estando Inacabada, foi inaugurada em 19 de março de 1782. Nos dezoito anos de trabalhos na construção, muitas vidas foram consumidas, entre as duas classes de mão-de-obra: a mão-de-obra livre, representada pelos oficiais, e soldados do exército, capatazes e mestres de ofício; e a mão-de-obra compulsória, representada em seu maior contingente por Indígenas capturados oficialmente na região, seguida pelos negros africanos comprados pelo governo da capitania. Sendo ambas propriedade do Estado, que devido ao regime de trabalho forçado, e submetidas à exploração, mesmo com o assalariamento, representou escravidão.
Os trabalhos distribuíram-se nos principais núcleos de produção como pedreiras: na extração e beneficiamento das pedras naturais (lavagem e cantariaço); nas usinas de cal: base para mistura na formação da argamassa (cal, areia, água, argila e quanto ao elemento óleo, no se tem comprovação da sua presença); nas olarias: que produziam tijolos e telhas; no transporte: carreteiro, canoeiro, e remeiro; além de outros serviços complementares ao levantamento da construção período colonial ao Brasil Império, a Fortaleza de São José de Macapá foi ocupada e utilizada por pelotões das respectivas guardas, portuguesa e Imperial, atendendo aos interesses estratégicos. Porém, com o advento da Proclamação da República em 1889, e a participação do Brasil na conjuntura Internacional da economia de mercado, a Fortaleza gradativamente perde sua função principal e entra num processo de total abandono, situação esta que permitiu o saque de vários objetos como artefatos de guerra, canhões, pedras e tijolos, etc. e pelo início do nosso século o Serviço de Sinalização Náutica do Canal Barra Norte - Marinha do Brasil, assenta uma torre com farolete sobre o Baluarte Nossa Senhora da Conceição, visando facilitar a navegação nesta embocadura. Muito embora, algumas vezes a Fortaleza estivera sujeita aos serviços de capina por ordem de intendentes do município de Macapá, mas o longo período de abandono estende-se até 1946, quando na Fortaleza se instalou o Comando da Guarda Territorial (policia ostensiva) órgão do recém criado Territorial Federal do Amapá (1943). E para tal efetivação, este Comando realizou grandes serviços, como a reposição dos telhados arruinados de quatro prédios e da Casa de Órgão; confecção em madeira, de janelas, portas e portões, reutilizando peças originais como dobradiças, ferrolhos e cravos, por ali encontrados sob os escombros; capina (interna e externa), além de retirada dos arbustos dentre as pedras das muralhas, assim como a eliminação de frondosas árvores crescidas nos Terraplenos cujas raízes impactaram os tetos abobadados das casamatas, provocando seríssimas; restaurações de vários pontos degradados, como a substituição de tijoleiras dos pisos, muretas e rampas de acesso; desobstrução dos mais aparentes Canais de Drenagem das Águas Pluviais; Confecção em madeira das carretas que servem de bases para os canhões. Sabendo que todo este trabalho no teve o devido acompanhamento técnico em restauração, mas é reconhecida a competência que tiveram em realizá-lo ao buscarem aproximação com a realidade original, representando desta forma, uma vertente do processo de restauração.
A ocupação e utilização deste Monumento Histórico pelo Governo do Território do Amapá, revitalizado e destacando sua importância e o Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional - IPHAN, se interessa procedendo o Tombamento sob o Processo nº 423/T/50, inscrição nº 269 do livro de Tombo Histórico em 22 de março de 1950. Se tem notícias que uma comisso nomeada pelo Governo Territorial em 08 de julho de 1950, procedeu o levantamento e Tombamento de todos os bens da Fortaleza, embora que contraditoriamente neste período, dentro da área do entorno ponto Oeste na esplanada ocorreram levantamentos de prédios públicos e particulares. Enquanto o governo aceleradamente construía a Colônia Penal do Beirol, nos arredores da cidade de Macapá, o espaço da Fortaleza serviu provisoriamente como hospedagem a famílias imigrantes que chegavam a Macapá, e de Cadeia Pública aos presos da Justiça sob vigilância da guarda Territorial.
Posteriormente, o Governo cedeu o espaço para que funcionassem também instituições como a Imprensa Oficial; o Exército, representado no pelotão do 26º BC - Tiro de guerra 130; e para o Museu Territorial. Transformando a Fortaleza de São José de Macapá, num centro sociocultural e de lazer, onde se comemoravam datas cívicas nacionais e locais, com salvas de tiros pela alvorada, desfiles escolares e festas dançantes - uma importante referência Histórico-Social para a comunidade macapaense.Com o Regime de Força implantado pelos militares em março de 64 no Brasil, o Governo do Território Federal do Amapá, determinou que somente o Comando da Guarda permanecesse na Fortaleza, quanto às demais instituições, foram transferidas para outros prédios do Governo. Diante do Regime de Força a sociedade amapaense testemunha o recolhimento de intelectuais e trabalhadores na Fortaleza como presos políticos.
E neste período de ditadura militar foi permitido a instalação do Clube Social do Circulo Militar na área de entorno imediato da Fortaleza - ponto Leste, sobre onde originalmente foram construídas duas Baterias Baixas. Em 1975, a Guarda Territorial e transformada em Polícia Militar, sendo logo instalada em prédio próprio, permanecendo na Fortaleza apenas o Pelotão da Banda de Música desta Corporação que, além das atividades de ensaios passou a realizar um serviço de guarnição no Forte. Enquanto sua limpeza e conservação permanecia mantida pelo Governo Territorial.
Em 1979, a Delegacia do Serviço do Patrimônio da União - DSPU, concede a cesso da Fortaleza ao Governo do Território Federal do Amapá, através de um Termo de Entrega para fins de preservação, neste sentido só realizados alguns serviços emergenciais no monumento, mas sem o devido acompanhamento técnico em restauração. Destaca-se que o Termo de Entrega referido deveria ser ratificado em dois anos, o que no ocorreu. Mesmo assim, o Governo do Território continuou executando os serviços visando à preservação e a conservação do Patrimônio Histórico.
Neste período ocorre a retirada pelo Governo Federal da torre com sinalizador náutico do Baluarte de Nossa Senhora da Conceição, sob orientação do IPHAN. E, também, a contratação dos renomeados arquitetos Pedro e Dora Alcântara para a elaboração do projeto de restauração da Fortaleza de São José de Macapá, que conclui as etapas de pesquisa iconografia e documental.
Nos anos 80, a Secretaria de Educação e Cultura do Território Federal do Amapá, cria o Departamento de Aço Complementar - DAC, onde a Fortaleza de São José de Macapá foi vinculada através da Seção de Patrimônio e Arquivo Histórico. Em seguida, o DAC foi transformado em Departamento de Cultura - DC, que destina para funcionar no espaço interno do monumento, a Diviso Fortaleza de São José de Macapá, contemplando a Seção de Preservação e Conservação, num reconhecimento da sua importância para a sociedade.
Em 1989, o Governo Territorial, contratou a empresa DPJ Arquitetos Associados, para a elaboração do Projeto de Restauração e Revitalização da Fortaleza, com base na pesquisa realizada por Pedro e Dora Alcântara.
Em 1990, foi entregue o projeto da área interna, e em 1991, o projeto da área externa, trabalhos que contaram com o apoio da Secretaria de Obras e Serviços Públicos - SOSP (atual Secretaria de Infraestrutura - SEINF), assim como nas etapas finais, o projeto de urbanização e prospecção arqueológica externa.
O Território Federal do Amapá transformado em Estado com base na Constituição de 1988, tem a sua estrutura administrativa modificada e posteriormente, o Departamento de Cultura da Secretaria de Educação é extinto para ser criada e instalada a Fundação de Cultura do Estado do Amapá - FUNDECAP, que mantém no seu organograma à Diviso Fortaleza de São José de Macapá.
 Texto: Hermano Araújo – Historiador
Fonte: Agência Amapá




quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

"CACTO GIGANTE" DA COMUNIDADE QUILOMBOLA DO CURIAÚ

Foto: Márcio Batista - Esse cacto está localizado na Comunidade do Curiaú


A palavra "cacto" deriva, pela América, a partir do grego antigo κάκτος ( kaktos ), um nome usado originalmente para uma planta espinhosa cuja identidade não é certo. Cactos são nativas das Américas, que vão desde Patagônia , no sul de partes do oeste do Canadá , no norte, exceto para Rhipsalis baccifera , que também cresce na África e no Sri Lanka
Foto: Marcio Batista
 Segundo a moradora do imóvel ela trouxe de Macapá e plantou em seu quintal há quase 20 anos. O tamanho dessa planta chama atenção de quem passa pela Rodovia do Curiaú (AP 70).

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Naufrágio do Barco Novo Amapá

foto: Edgar Rodrigues

 Há 31 anos os amapaenses recebiam as notícias de que um barco havia virado no Rio Cajari, a caminho do município de Laranjal do Jarí. Dois dias depois começavam a chegar os primeiros corpos e só aí se percebeu o tamanho da tragédia.
O Barco Novo Amapá tinha 25 metros de comprimento. Poderia transportar até meia tonelada, mas naquele dia levava quase uma tonelada entre bagagens, engradados de bebidas, dois carros e outros produtos.
Além disso, desatracou do porto de Santana com 696 passageiros a bordo. A sobrecarga e o peso mal distribuídos contribuíram para a gravidade do acidente.
“Na hora que o navio virou eu ouvi gritos de socorro, mas como estava muito escuro não era possível ver ninguém. Eu consegui nadar até a margem do rio onde já estavam outras pessoas”, conta o comerciante José Góes, um dos poucos sobreviventes do naufrágio.
A superlotação da embarcação, que tinha capacidade para transportar 400 pessoas, resultou na maior tragédia fluvial da Amazônia. Com o naufrágio do Novo Amapá, 378 pessoas morreram. Trezentas e trinta e três estão enterradas em uma cova coletiva no cemitério de Santana.
A maioria dos corpos resgatados, após o acidente, foram sepultados no Cemitério Santa Maria. Na administração existe uma placa com os nomes de 333 vítimas. A impunidade, o abandono do caso e a falta de serviços no cemitério também causam sofrimento.
Até agora ninguém foi indenizado pela morte dos familiares no acidente. Em março de 1996, o Governo do Estado sancionou uma lei para a construção de um memorial em homenagem às vítimas do naufrágio. Quase 16 anos depois nada foi feito.
Fonte: Portal Amazononia